terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

PARA QUE HAJA MANTIMENTO

 “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na miha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós bênção sem medida.” (Bíblia Sagrada, Livro do Profeta Malaquias, capítulo 3, versículos 10 a 12 ).
     Este provavelmente é o versículo mais criticado atualmente por muitas pessoas ditas cristãs.
     O ato de dizimar e ofertar para manter uma igreja é visto por muitos como algo ultrapassado, desgastado e até mesmo (!) pecaminoso... Outros acham que dizimar e ofertar é ser explorado pelos mais “espertos”.
     Para quem pensa dessa maneira, é bom parar agora mesmo de ler este texto, e ir fazer outra coisa. Mas para quem ainda acredita no dizimar e ofertar, vamos adiante.
     Pergunto: Como, em nome de Deus, contribuir para a igreja local (denominação) pode ser algo contrário à vontade divina ? como chegamos a esse ponto ?
     A única conclusão possível é que está dando muito certo a estratégia de Satanás em tentar algumas lideranças religiosas para que cometam exageros e desmandos no uso dos recursos financeiros das igrejas. Com isso, as pessoas se escandalizam e vêem como única saída parar de contribuir.
     A finalidade do dízimo e das  é deixada muito clara no texto bíblico: para que exista MANTIMENTO na Casa de Deus.
     Claro e evidente que MANTIMENTO aqui não significa simplesmente gêneros alimentícios.
     Podia ser assim no Antigo Testamento, em que o dinheiro pouco valia e os recursos eram em gado e comida. Mas o princípio bíblico deve ser revisto à luz dos dias atuais.
     Aliás, mesmo no Antigo Testamento as contribuições dos israelitas não eram somente em gado e comida, mas também em dinheiro. Além do que, elas serviam para manutenção dos sacerdotes e levitas, com suas famílias. E por fim: os levitas também dizimavam do que recebiam. VEJA O LIVRO DE NÚMEROS CAPÍTULO 18. E ainda, LIVRO DE NÚMEROS CAPÍTULO 3 VERSÍCULOS 47 A 50.
     Portanto, dízimo e ofertas nunca foram somente alimento, como também dinheiro. E passados quase 3mil anos da época em que os israelitas peregrinavam no deserto, ofertar e dizimar em dinheiro com certeza é muito mais prático, numa época de grande circulação de valores e mercadorias de forma eletrônica.
     Voltamos então ao ponto: o que se deve fazer com esses recursos ? MANTIMENTO NA CASA DE DEUS.
     Devemos entender MANTIMENTO como TODO RECURSO NECESSÁRIO À MANUTENÇÃO DA VIDA E DAS ATIVIDADES DA IGREJA LOCAL.
     Energia elétrica, água encanada, locação, pagamento de funcionários e obreiros de tempo integral ou de meio período, são algumas das despesas imprescindíveis ao local de culto.
     Mas não é só.
     A igreja local não é uma empresa, e sim uma entidade religiosa sem fins lucrativos, porém ainda assim necessita se mostrar regular perante a legislação desta .
     Livro-caixa e documentação financeira e fiscal podem ser exigidos a qualquer momento pelos órgãos competentes, sendo necessário que alguém com conhecimento técnico faça isso. Se houver um contador profissional entre os fiéis, isso lhe pode ser confiado. Mas e se não houver ? Terá que ser contratado e pago. Com quais recursos ?
     A igreja local deseja realizar uma cruzada evangelística. Locação de palanque/palco, sonorização, assentos, impressão de folhetos, são algumas das despesas que virão. Como supri-las ?
     A igreja local quer realizar um almoço de confraternização com os jovens da congregação, para recepcionar os novos convertidos e reforçar o discipulado. Locação de mesas, compra de alimentos e brindes para são algumas das despesas. Vai cair do céu ? Claro que não.
     Por tais razões, a igreja local não deve usar todos os recursos que entrarem como receita, e precisa manter uma parte deles aplicada em contas bancárias passíveis de serem movimentadas pelo tesoureiro. Ela não deve trabalhar com caixa zero, pois as necessidades surgem a todo instante, e não periodicamente.
     Claro que esses são problemas que as comunidades dos chamados “cristãos pós-denominacionais” não apresentam, pois de tão pequenas e irrelevantes na sociedade local, podem se dar ao luxo de realizar pequenas reuniões que não demandam essas despesas. Mas estamos aqui falando dos cristãos denominacionais, cerca de 99% dos evangélicos brasileiros, que vivem no mundo real e enfrentam diariamente situações como essa, além de outras.
     Diante disso, continua sendo válido o modelo deixado no Antigo Testamento, no sentido de que os membros e congregados de uma igreja local ofertem e dizimem para suprirem as necessidades de manutenção dos templos, despesas com o sacerdócio, além da obra de evangelização e assistência social

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