quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Dia das crianças

A criança, a vida da infância, faz parte da vida do povo de Israel como da nossa hoje.
Por isso na história bíblica é normal encontrar fatos inerentes às crianças.
O ponto de partida é que no judaísmo existia um grande amor por elas: Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.
Como flechas na mão de um homem poderoso, assim são os filhos da mocidade.
(Sl 127:3,4)

A partir de Levítico 27:6 (entre um mês e cinco anos, o homem será avaliado em cinco siclos de prata e a mulher em três siclos de prata), se deduz que existia muita mortalidade infantil, tanto que no primeiro mês de vida a criança não tinha nenhum valor (em relação a esta tabela de valores estabelecida em vista de anular certas promessas feitas).
O menino, 8 dias depois do nascimento, era circuncidado e recebia um nome (Gn17:12; Lc 1:59).
Nos primeiros anos de vida a criança era responsabilidade da mãe (Pv 6:20; 31:1), que dava de mamar à criança durante os primeiros 3 anos.
Entre os deveres das crianças está o mandamento de obedecer aos pais (Êx 20:12). No Novo Testamento, contudo, também os pais precisam prestar atenção a não provocar a raiva das crianças (Ef 6:1-4; Cl 3:20).

Nos evangelhos, em Mt18:1-4 encontramos uma passagem muito importante.
Jesus diz aos seus discípulos que precisam ser como as crianças.
O contexto é aquele da disputa entre os discípulos que tentavam descobrir quem era o maior.
Jesus, então, para recriminá-los, diz esta frase.
O termo grego usado é “paidion”, que indica o neném, diminuitivo de criança (“pais”). Ora, o que Jesus quer dizer é que a criança pequena põe toda a sua confiança nos pais e não pretende ser grande: quando tem frio tem certeza que os pais lhe arranjarão o agasalho adequado.
É essa atitude de confiança que Jesus pede aos discípulos, invés da competição (cf. Rm 12:16).

Transmitindo ensinamento parecido, encontramos outro texto importante, que mostra o contato de Jesus com as crianças, encontra-se em Kg 18:15-17: Traziam-lhe até mesmo as criancinhas para que as tocasse; vendo isso, os discípulos as reprovavam. Jesus, porém chamou-as, dizendo: “Deixai as criancinhas virem a mim e não as impeçais, pois delas é o Reino de Deus. Em verdade vos digo, aquele que não receber o Reino de Deus como uma criancinha, não entrará nele”

Há outros textos que podem inspirar ulteriores reflexões:

Pv 20:11 – Até a criança se dará a conhecer pelas suas ações, se a sua obra é pura e reta.

Pv 22:6 – Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.

Pv 22:15 – A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da correção a afugentará dela.

Pv 23:13 – Não retires a disciplina da criança; pois se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá.

Pv 29:15 – A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma, envergonha a sua mãe.

Mt 21:16 - E disseram-lhe: Ouves o que estes dizem? E Jesus lhes disse: Sim; nunca lestes: Pela boca dos meninos e das criancinhas de peito tiraste o perfeito louvor?

Lc 1:41 – E aconteceu que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo.

Lc 10:21 – Naquela mesma hora se alegrou Jesus no Espírito Santo, e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste às criancinhas; assim é, ó Pai, porque assim te aprouve.

Jo 16:21 – A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, porque é chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à luz a criança, já não se lembra da aflição, pelo prazer de haver nascido um homem no mundo.

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