sábado, 11 de maio de 2013

A HERESIA OCULTA ATRÁS DAS CAMPANHAS E CORRENTES DA “PROSPERIDADE”


Há um movimento nas igrejas que substitui o perdão de pecados e a paz com Deus por meio de Cristo, as verdades eternas, por um evangelho de solução de problemas cotidianos, proclamando saúde e prosperidade plena, o que atrai muito o povo no contexto brasileiro. 
Essa compreensão defeituosa e distinta do evangelho tem originado cristãos nominais que negam as doutrinas básicas da Bíblia e que alteraram a mensagem cristã expressando com eloquência uma cultura de satisfazer as necessidades e esperanças das pessoas ou seja, dando às pessoas àquilo que querem ouvir. Este evangelho não exige muito dos ouvintes para oferecerem tudo; precisa apenas de uma generosa oferta, de forma que forma uma grande igreja em pouco tempo. 
O grande problema de nossa espiritualidade pentecostal, é que qualquer pessoa pode profetizar bênçãos, visões e revelações, criando espaço para orientações espirituais fora da Bíblia, como Kenneth Hagin. Ele, em 1918 afirmou que o cristão deve confessar em alta voz seus pedidos e nunca duvidar que tenham sido respondidos e uma vez feita a oração, o fiel deve afirmar constantemente a bênção até que surja a prova e isso é uma heresia chamada CONFISSÃO POSITIVA.
Esta doutrina afirma que o homem pode controlar o material por meio do mundo espiritual, 
bastando apenas conhecimento e fé. Esta heresia está entrando na igreja cristã fazendo-nos 
acreditar que nossa fé persistente decidirá nossa saúde e prosperidade, querendo reunir um 
pensamento positivo de uso da mente para controlar a realidade no sentido de que de certa 
forma, poderemos mudar a atitude de Deus para nos abençoar. 
Dessa forma, quem seguir a Cristo, gozará sempre de saúde e prosperidade toda a vida, 
pois os cristãos são conscientes de um super poder na esfera espiritual que os farão sempre 
vencedores e isso é uma visão estranha ao cristianismo. 
Este método de ensino adotado pelas igrejas que promovem verdadeiros shows emocionais em seus cultos, fermentando membros, templos e poder querem conferir autoridade espiritual, saúde e prosperidade e confissão positiva como um “avivamento” ou nova interpretação do Evangelho. 
Se baseiam em profetas de hoje como porta-vozes de Deus, trazendo a autoridade de Deus, 
tendo visões e revelando o que Deus lhes disse, afirmando que não é da vontade de Deus nem as doenças nem os problemas financeiros e que a igreja deve combatê-las. 
Mas Paulo se gloriava em sua fraqueza (2Co 12:7) e Timóteo, Epafroditto e Trófimo, homens de Deus estiveram doentes (1Tm 5:23; Fp 2:27; 2Tm 4:20). 
A heresia moderna diz que a cura está à espera de todos e que não somos curados pelo 
desconhecimento desse direito e há gente doente porque não pede ajuda e que pecado não 
confessado bloqueia o poder da cura e assim, satan não é expulso porque a pessoa não teve a confissão positiva de expulsar o diabo. 
Isso parece até bíblico, mas será que o espírito de miséria paira sobre as pessoas e que se esse demônio sair, imediatamente as pessoas ficarão ricas? 
A heresia diz que se um cristão ficar doente é porque existe problema espiritual com ele, 
seja por falta de fé ou pecado ou por domínio do diabo ou por não conhecer seus direitos. 
A heresia também diz que se o cristão não prospera financeiramente é porque não estão 
dando o suficiente para a obra de Deus e a regra de ouro é dê mais para receber mais.

Por que será que a maioria dos cristãos do mundo são pobres? 
Desse jeito, saímos da graça e voltamos para a Lei, onde a bênção é proporcional à oferta da 
pessoa. Essa riqueza e saúde automática implica que há uma obrigação a mais acima da fé, do batismo, da oração, da vida piedosa; falam que precisamos ter o controle da fé para obrigarmos Deus a nos abençoar.
A heresia proclama que Cristo tirou as maldições, a doença e a pobreza e por outro 
lado, trouxe a bênção de Abraão pela prosperidade financeira, como que doença e pobreza sejam parte da maldição da lei de Moisés que Cristo aboliu. 
A heresia diz que a fé não espera simplesmente em Deus, mas exige direitos pela FORÇA da oração, em nome de Jesus, onde o nosso EU é quem decide o que quer. 
Assim, o nome de Jesus virou um meio de Deus atender nossas orações automáticas e que 
nada nos será negado, não precisando nós decidirmos pessoalmente mais para Deus e apenas reivindicar bênçãos. 
A heresia afirma que dizer algo como “seja feita a vontade de Deus” é dúvida e é do demônio e que há procedimentos para serem seguidos para se obter a bênção de Deus, pois afirmam que o mundo está sujeito a forças espirituais que devemos manipular e controlar por meio de nossa fé. 
Hoje em dia, tudo virou milagre; comprar carro, apartamento, ter emprego, ganhar na loto, casar, etc. Supondo, mesmo que haja milagres, é Deus quem opera maravilhas e não a igreja que opera maravilhas. Hoje em dia, está parecendo supermercado; as pessoas vão, pagam e esperam receber em troca a satisfação de suas necessidades. Se o ato de dar segue ao de receber cem vezes mais, faz o reino de Deus ser uma roleta de cassino, onde a oração é a mágica que opera forças espirituais e isso é chamado de magia. 
O nome de Jesus não é fórmula mágica para liberar um poder secreto (At 19:13-18); não gera 
temor. Além disso, Deus disse Não a Paulo, a Jesus e a João Batista, referindo-se ao espinho na carne, ao passar o cálice e ao ser solto da prisão respectivamente. A fé não exige, não se conta, não é mérito ou investimento financeiro; ela não cria uma realidade, pois se fosse assim, plantaria uma moeda de 1 real e crendo, nasceria, contra a natureza, pé de moedas! 

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