segunda-feira, 13 de maio de 2013

Comparações e criticas Teológicas


Comparações com outros movimentos

O historiador Carter Lindberg, da Universidade de Boston, traçou paralelos entre a teologia da prosperidade contemporânea e ocomércio de indulgências conduzido pela Igreja Católica durante a Idade Média.69 Coleman observou que vários movimentos cristãos pré-século XX nos Estados Unidos ensinavam que um estilo de vida sagrado era um caminho à prosperidade e que o trabalho duro ordenado por Deus traria bênçãos.20
Coleman tem especulado que a moderna teologia da prosperidade tem muitas características do Movimento Novo Pensamento, embora ele admita que a ligação é por vezes pouco clara.70 Jenkins observa que os críticos tem feito comparações entre a teologia da prosperidade e o fenômeno do culto à carga.4 Ao citar a popularidade da teologia da prosperidade nas comunidades africanas agrárias, ele argumenta que a doutrina tem semelhanças com a religiosidade tradicional africana.71 Segundo Rowan Moore Gerety, a utilização de óleos abençoados e outras formas de tratamentos espirituais pela Igreja Universal do Reino de Deus são as mesmas mandingastípicas das religiões afro, que são criticadas pela igreja por promoverem "feitiçaria".53 J. Matthew Wilson, da Universidade Metodista Meridional, compara o movimento à teologia da libertação das igrejas afro-americanas devido a seu foco na elevação dos grupos oprimidos, embora ele observa que a doutrina difere em sua concentração no sucesso individual, ao invés de mudanças no sistema político como um todo.72

Crítica teológica [editar]

evangelicalismo tradicional tem se oposto consistentemente à teologia da prosperidade12 e os ministérios que seguem a doutrina têm frequentemente entrado em conflito com outros grupos cristãos, incluindo outros membros dos movimentos pentecostal e carismático.43 Os críticos, como o pastor Michael Catt, argumentam que a teologia da prosperidade possui pouco em comum com a teologia cristã tradicional.73 Líderes evangélicos proeminentes, como Rick Warren,6 Ben Witherington III6 e Jerry Falwell74 têm criticado duramente o movimento, por vezes denunciando-o como "herético".6 Warren argumenta que a teologia da prosperidade promove a idolatria do dinheiro, enquanto os outros indicam que os ensinamentos de Jesus desdenham a riqueza material.6 R. Kent Hughes indica que alguns rabinos do século I defendiam as bênçãos materiais como um sinal da benevolência divina; segundo ele a citação de Jesus em Marcos 10:25 de que "é mais fácil passar um camelo pelo buraco de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus" (KJV) seria em oposição a tal pensamento.75
Outros críticos do movimento atacam as promessas feitas pelos líderes das igrejas, argumentando que a ampla libertação dos problemas que eles prometem é irresponsável.43 Esses líderes também são geralmente criticados por abusar da fé de seus seguidores, uma vez que enriquecem às custas das doações que suas igrejas recebem.76 A doutrina também tem sido acusada de esconder de seus fiéis a pobreza na qual os apóstolos viviam. Por exemplo, alguns teólogos acreditam que a vida e os escritos dePaulo de Tarso, a quem acredita-se ter levado uma vida bastante dolorosa, são particularmente conflituosos com a teologia da prosperidade.77
Os teólogos David Jones e Russell Woodbridge caracterizam a doutrina como "teologia pobre".78 Eles argumentam que a retidão não pode ser ganhada e que a Bíblia não promete uma vida fácil.79 Para ambos, a doutrina é inconsistente com o evangelho de Jesus, cuja mensagem central deveria ser a vida, a morte e a ressurreição de Jesus.79 Jones e Woodbridge argumentam que o evangelho da prosperidade marginaliza a importância vital de Jesus a favor das necessidades materiais dos humanos.80 Em artigo, Jones critica a interpretação que a doutrina faz da aliança abraâmica – promessa de Deus de abençoar todos os descendentes de Abraão – argumentando que a bênção é espiritual e já se aplica a todos os cristãos. Para ele, os proponentes da doutrina também interpretam mal a expiação; ele critica o ensinamento de que a morte de Jesus também teria eliminado a pobreza (assim como os pecados) do mundo. Jones acredita que tal ensinamento se deve a um desentendimento sobre a vida de Jesus e critica os ensinamentos de John Avanzini sobre Jesus ser rico,81 indicando que Paulo ensinava aos cristãos a abdicar de suas posses materiais. Apesar de aceitar o dízimo,81 Jones critica a "lei da compensação",81 que ensina que quanto mais os cristãos doarem mais Deus será generoso com eles. Jones cita os ensinamentos de Jesus para "dar sem esperar nada em retorno".81 Jones e Woodbridge também indicam que Jesus instruía seus seguidores a se focarem nas recompensas espirituais.82 Jones critica a visão da doutrina sobre a fé; ele não acredita que ela deva ser usada como força espiritual para ganhos materiais e sim como uma aceitação altruísta de Deus.81
Em 1980, o Conselho Geral das Assembleias de Deus nos Estados Unidos criticou as confissões positivas,83 citando exemplos de confissões negativas na Bíblia – onde as figuras expressam seus medos e dúvidas – que têm impacto positivo e contrastando-as com o foco nas confissões positivas ensinado pela teologia da prosperidade. O Conselho argumenta que a palavra em grego bíblicotraduzida como "confessar" significa "dizer a mesma coisa", podendo se referir tanto às confissões positivas quanto às negativas.84Também critica a doutrina por não reconhecer a vontade de Deus; a vontade dele deve ser superior à vontade dos homens85 e os cristãos devem "reconhecer a soberania de Deus".83 A teologia da prosperidade também é criticada pelo Conselho por subestimar a importância da oração, argumentando que esta deve ser utilizada para todos os propósitos e não só para as confissões positivas.86 O Conselho afirma que é normal os cristãos passarem por sofrimento.83 Ele incita os cristãos a colocarem a confissão positiva à prova, argumentando que a doutrina apela àqueles que moram em sociedades já abastadas, enquanto muitos outros cristãos são pobres e aprisionados.87 Por fim, critica a distinção feita pelos defensores da teologia das duas palavras gregas que significam "falar", argumentando que a distinção é falsa e que elas são usadas intercaladamente no texto bíblico em grego;87 nota 5 o Conselho acusa a doutrina de pegar passagens da Bíblia fora de contexto para cumprir seus próprios interesses, resultando numa contradição com a mensagem holística da Bíblia.89
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